Um espaço aberto à opinião desde que respeite a opinião dos outros.

21
Nov 07

João Barbas, Irene Barbas, muitos estarão recordados destes dois nomes eram professores da Escola Industrial e Comercial de Estremoz, na disciplina de Educação Física. Quando da inauguração desta escola, tiveram a honra de ser os primeiros a utilizar um espaço completamente novo, com janelas amplas (na altura não eram perigosas), espaldares, cordas, redes de Voleibol e Badminton, tabelas de Basketball em madeira, pulimetros e respectivos acessórios em madeira, estava-me a esquecer existia um ginásio para rapazes e outro para raparigas, este, de menores dimensões e balneários. À época, serviam principalmente para criar hábitos de higiene pessoal, para "uma vida sã, em corpo são" penso que era o que estava escrito no acesso ao ginásio maior. Estes balneários, obrigavam a que os alunos pelo menos duas vezes por semana, tomassem o seu duche, poucos alunos tinham em casa chuveiros, ao contrario de hoje em dia. Tendência esta, que só se deu depois do 25 de Abril, com a feitura de muitas casas de banho no exterior de montes e residências.
Estes espaços, eram contemplados com outros dois espaços externos, com as respectivas balizas e tabelas de basketball, eram em alcatrão puro com gravilha, ao contrario do existente hoje em dia em tapete asfáltico, que ao que parece, também já não serve.
Ora bem, queria chegar a duas questões muito práticas: quando eu andei na escola, não era igual aos miúdos que lá andam hoje?
A escola, não cumpria as normas de segurança?
Em qualquer das questões, a resposta é sim.
Hoje não se joga nos campos porque são abrasivos, antes não eram?
Poderão as associações de pais, querer relvados sintácticos estão no seu direito, mas aquele espaço não é menos nem mais abrasivo, que os espaços dos poli desportivos existentes em Estremoz onde os filhos jogam à bola todos os dias.
Quanto aos dois ginásios da escola, um foi transformado em auditório, com o patrocínio do Crédito Agrícola, quer dizer que a escola, dispensava a existência desse espaço para a prática desportiva, ao que parece foi uma má aposta.
Quanto ao ginásio grande, que além da pratica desportiva se prestava a actividades como o cinema ou o teatro, ao que parece e pelo que vi em fotos de um jornal da terra está completamente degradado e isso, evitava-se se houvesse manutenção, que deve ter sido descuidada, pelo sonho de construir outro novo, destruindo as antigas instalações das Oficinas de Mecânica, Carpintaria, Olaria entre outros profissões, que deixaram de ser leccionadas numa escola que se queria virar, do ensino profissional, para uma escola liceal. Penso ter sido um erro, ter-se promovido a formação de licenciados noutras áreas, em vez de pessoal especializado nas artes e ofícios, que também poderiam chegar a licenciados em áreas tecnológicas. Esta era a verdadeira vocação, para a qual a escola foi criada nos tempos do Estado Novo. Hoje temos deficit de pessoal nas especialidades técnicas quando poderíamos dizer precisamente o contrário. Voltando ao assunto ginásio, acho bem que o ministério não tenha autorizado a destruição do património oficinas e que, se ache uma solução desta vez, para se fazer a recuperação do Ginásio, para que os nossos alunos possam ter Educação Física com qualidade e se for preciso, que recorram como no auditório (antigo ginásio das raparigas), a uma instituição bancária, para financiar a recuperação do resto do edifício e depois, até podem colocar ao lado do outro reclame um desse banco e darem o nome, da instituição ao ginásio, porque não?


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds